Eu vou esperar o tempo necessário,
mas não garanto ser forte,
pois a sua ausência é algo que me destroi.
Era noite de sexta-feira, chovia. O tempo daquele dia havia sido um tanto estranho, podemos dizer até... assombroso. E ela havia me garantido que não queria mais vê-lo, me garantiu com todas as letras, que NÃO QUERIA MAIS ENCONTRA-LO. Tive que balançar a cabeça como se estivesse concordando com o que ela dizia, pois na verdade jamais poderia contraria-la. Depois de um tempo da nossa conversa, ela estava em seu quarto ao telefone com uma amiga, e o mesmo que ela disse para mim estava dizendo para ela, não queria mais vê-lo. Depois que ela havia desligado, eu conseguia ouvir o quanto ela mexia-se na cama. Sozinha. Tenho certeza que aquela altura nada a perturbava mais do que a ausência dele. Aquela ausência já estava começando a castiga-la, nada mais era igual. As vezes ela até fingia estar contente, como se ela não estivesse sentindo a sua falta. Na verdade ela fazia isso o tempo todo, fingia que não sentia a ausência dele. Talvez ela até conseguia enganar algumas pessoas, mas não a mim, eu detectaria uma mentira que saísse de sua boca a mais de 10 metros de distancia. Enfim, aquela noite estava começando a se tornar interminável, ela não conseguia dormir, e não conseguiria até que ele chegasse. Depois de alguns minutos ouvi o telefone tocar e rapidamente ela havia atendido.